segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Tributo ao Melhor do Pior.


       A Morte.                                                                             Toda vez que ela passa raspando por mim deixa aquele frio, medo na barriga por um tempo. Um susto. A boca seca, o perplexo perante à perda, perante ao desconhecido grande mistério. E o nada mais uma vez.
       


       Vem o vácuo e (e)leva pessoas que estavam, segundos atrás, ao nosso lado. E eu que achava que teria toda a vida pra trocar ideias  e figurinhas com esse cara e vê-lo discotecar com responsa nos bares e eventos a fins. 
   Muita sonzêra mesmo... Enciclopédia musical, me apresentou muita banda legal.





Mas a vida é assim e dizer que teremos “Toda” a vida para os deleites em boas companhias é uma furada, pois tudo é um repente relampejante e esse “Toda” pode acabar agora mesmo.
Foi à Londrina ver os primos na época da Uel. Moicano verde-azul limão, curtindo todas numa festa perto ali do lago Igapó. Ia e voltava, passava férias conosco.




"Pior é Melhor", dizia com maestria e cinismo. Aquele sorriso bonito e aberto no rosto, traços franceses, olhos grandes, mente afiada, grisalha jovialidade, boemia sagrada. Deixarás saudades meu bom... 




 Muito obrigado pela Gig do “Paura” que organizaste num Pub ao viver na Suíça... pelos lindos poemas declamados, por essas fotos divertidas Cosplay com Donuts e pelas revistas em quadrinhos (exemplares da “Animal” que só nós tínhamos e disputamos à tapa, lembra?). 
Valeu demais por apagar incêndios e pelo Jornal-Zine que fizeste com o nome “Treim”, nos anos 90. Belamente impresso em várias cores-tons-laranja. Pela luz. Pelos rolês, visitas, pelos pendrives cheios, pela amizade malandra e as dicas de filmes.
     Parabéns Leandro, Mermão. Pois você não só passou pela vida, você a viveu. A escola, o Rock and Roll, a geração agradece. Uma galera foi tirar um som em sua homenagem ontem. E você e seu exemplo de bondade e perseverança estará sempre em nossos corações.

Um brinde aos amigos que se vão.
                                    

         
                                           









           
                                                      Rodrigo Valim
                                                     Fotos (Celular)

Um comentário:

  1. O cara virou uma lenda no underground uberabense. Leandro era uma pessoa única. Passou por esse mundo muito rápido e intensamente, mas por onde passou, seja Uberaba, Uberlândia, Nova Ponte, São Paulo, Paris ou Suíça deixou grandes amigos. Pessoa dona de uma perspicácia rara e que tinha o incrivel dom de ressaltar e trazer à tona o melhor das pessoas. Que descanse em paz.

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