quinta-feira, 15 de novembro de 2018

Plumas

      Pairam e
      Não há de se saber
      Porquê
      
      Amoras do 
      alto caem:
      
      Delta “Vê”
      Vezes “Gê”
       
                         (...)

segunda-feira, 12 de novembro de 2018

Tributo ao Melhor do Pior.


       A Morte.                                                                             Toda vez que ela passa raspando por mim deixa aquele frio, medo na barriga por um tempo. Um susto. A boca seca, o perplexo perante à perda, perante ao desconhecido grande mistério. E o nada mais uma vez.
       


       Vem o vácuo e (e)leva pessoas que estavam, segundos atrás, ao nosso lado. E eu que achava que teria toda a vida pra trocar ideias  e figurinhas com esse cara e vê-lo discotecar com responsa nos bares e eventos a fins. 
   Muita sonzêra mesmo... Enciclopédia musical, me apresentou muita banda legal.





Mas a vida é assim e dizer que teremos “Toda” a vida para os deleites em boas companhias é uma furada, pois tudo é um repente relampejante e esse “Toda” pode acabar agora mesmo.
Foi à Londrina ver os primos na época da Uel. Moicano verde-azul limão, curtindo todas numa festa perto ali do lago Igapó. Ia e voltava, passava férias conosco.




"Pior é Melhor", dizia com maestria e cinismo. Aquele sorriso bonito e aberto no rosto, traços franceses, olhos grandes, mente afiada, grisalha jovialidade, boemia sagrada. Deixarás saudades meu bom... 




 Muito obrigado pela Gig do “Paura” que organizaste num Pub ao viver na Suíça... pelos lindos poemas declamados, por essas fotos divertidas Cosplay com Donuts e pelas revistas em quadrinhos (exemplares da “Animal” que só nós tínhamos e disputamos à tapa, lembra?). 
Valeu demais por apagar incêndios e pelo Jornal-Zine que fizeste com o nome “Treim”, nos anos 90. Belamente impresso em várias cores-tons-laranja. Pela luz. Pelos rolês, visitas, pelos pendrives cheios, pela amizade malandra e as dicas de filmes.
     Parabéns Leandro, Mermão. Pois você não só passou pela vida, você a viveu. A escola, o Rock and Roll, a geração agradece. Uma galera foi tirar um som em sua homenagem ontem. E você e seu exemplo de bondade e perseverança estará sempre em nossos corações.

Um brinde aos amigos que se vão.
                                    

         
                                           









           
                                                      Rodrigo Valim
                                                     Fotos (Celular)

sábado, 3 de novembro de 2018

Afasia. Riot Udi Girrrls?!


       
       Lembro-me direitinho de quando eu era uma criança a cruzar o Triângulo Maneiro com minha família e, ao chegar em Araguary, sentir “aquele cheiro”. Um odor acre logo na entrada cidade.
Na beira da 050, aquele fedor de farinha de osso de certa forma me encantava. A tal da “farinha podre”, que outrora abasteceu o sertão, batizava a região...                         E foi num festival bem bacana que rolou aqui em Uberlândia no “Joe Rocker Motorcycle Club”, no Rock da Farinha Podre, que saquei pela primeira vez o som da Afasia. Pura energia. 
Fiquem com as fotinhas que tirei do celular, na chuva, bêbado e pogando. 



A banda Afasia foi a primeira banda feminina de Hardcore da cidade de Uberlândia (Dão), iniciando suas atividades em 2003 tendo como referência e influências bandas como Bikini kill, Dominatrix(SP), Bulimia(DF), L7, Hole, The Distillers, entre tantas outras. Sempre com vocais femininos, Afasia prega em suas letras o feminismo, a luta contra o sexismo, o preconceito e o patriarcado imposto pela sociedade. A ideia de a banda sempre contar com garotas em todas as suas formações surgiu com a intenção de fortalecer a cena Hardcore/Punk entre as mulheres da cidade.
   Subir num palco, gritar, protestar. Mostrar o verdadeiro "Girls to the front". Isso significa resistência. E servir de referência para várias mulheres é um trabalho que exige muita persistência.             Não é só lutar contra o machismo. É lutar a favor da união feminina, lutar a favor da representatividade da mulher em todos os cenários. Com equidade.









“Nós mulheres somos vítimas de uma sociedade extremamente imersa na cultura do machismo,  da homofobia, lesbofobia, transfobia, gordofobia do racismo, do elitismo. Vítimas de uma meritocracia nojenta que na verdade nos impede de termos nossa autonomia. Queremos mostrar que você(mulher) é livre! Seu corpo é livre, vc decide o que é melhor pra vc, sua saúde mental, psicológica, emocional e física está a cima de tudo. Suas escolhas, seu bem estar. Seu corpo, suas regras, agora é o momento de soltarmos nossas amarras. E é por isso que a Afasia segue, às vezes de uma forma agressiva como alguns dizem, ácida, mas da nossa forma passamos nosso recado.”
                                                                            Afasia



                                                            Por Rodrigo Valim
                                             Colaboração: Alberto Ju